sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Nem Einstein Explica

"A coisa mais dura de entender no mundo é o Imposto de Renda”, teria dito Albert Einstein. Perto da teoria da relatividade e da complexidade da física quântica, compreender o IR parecia uma tarefa deveras complicada para o físico. De fato, não é nada simples entender o IR, quiçá seu cálculo ou legitimidade. Para piorar, o governo ainda chama de “contribuinte” o indivíduo que é obrigado todo ano a pagar o imposto sob ameaça de ir preso, caso contrário. E eis que agora o governo resolve segurar as restituições do Imposto de Renda da Pessoa Física, alegando falta de caixa para devolver o que é do povo por direito. 


O ministro Mantega culpou a baixa arrecadação de impostos causada pelo “ano difícil”. Como dinheiro não tem carimbo, e a corda arrebenta sempre para o lado mais fraco, sobrou para a classe média pagar o pato. Assim, o governo prefere simplesmente confiscar por mais tempo o dinheiro dos pagadores de impostos, em vez de cortar seus gastos. Para quem antecipou a restituição através de financiamento bancário, a conta pode ficar salgada, já que os juros pagos são bem maiores que a taxa usada para corrigir o saldo a receber do governo. Mas para o governo isso parece secundário, diante de suas prioridades. E quais seriam estas?

Ora, o governo precisa continuar doando milhões para os invasores do MST depredarem fazendas produtivas, por exemplo. Ou então emprestar dinheiro para o FMI, de acordo com as ambições geopolíticas do presidente. Claro, não podemos deixar de lado as esmolas estatais cada vez maiores, nas vésperas de ano eleitoral. Isso sem falar da crescente montanha de dinheiro gasta para sustentar uma quantidade enorme de parasitas em Brasília. Temos também a expansão acelerada de crédito estatal ajudando os “amigos do rei” e o setor imobiliário. E por aí vai.

Em suma, a classe média fica cada vez mais espremida, enquanto o governo agrada seus grupos de interesse em busca de privilégios. Os “contribuintes” são “convidados” uma vez mais a bancar a festa dos outros. E a aprovação do governo, segundo pesquisas, continua alta. Explica essa, Einstein!



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