sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Nem Einstein Explica

"A coisa mais dura de entender no mundo é o Imposto de Renda”, teria dito Albert Einstein. Perto da teoria da relatividade e da complexidade da física quântica, compreender o IR parecia uma tarefa deveras complicada para o físico. De fato, não é nada simples entender o IR, quiçá seu cálculo ou legitimidade. Para piorar, o governo ainda chama de “contribuinte” o indivíduo que é obrigado todo ano a pagar o imposto sob ameaça de ir preso, caso contrário. E eis que agora o governo resolve segurar as restituições do Imposto de Renda da Pessoa Física, alegando falta de caixa para devolver o que é do povo por direito. 


O ministro Mantega culpou a baixa arrecadação de impostos causada pelo “ano difícil”. Como dinheiro não tem carimbo, e a corda arrebenta sempre para o lado mais fraco, sobrou para a classe média pagar o pato. Assim, o governo prefere simplesmente confiscar por mais tempo o dinheiro dos pagadores de impostos, em vez de cortar seus gastos. Para quem antecipou a restituição através de financiamento bancário, a conta pode ficar salgada, já que os juros pagos são bem maiores que a taxa usada para corrigir o saldo a receber do governo. Mas para o governo isso parece secundário, diante de suas prioridades. E quais seriam estas?

Ora, o governo precisa continuar doando milhões para os invasores do MST depredarem fazendas produtivas, por exemplo. Ou então emprestar dinheiro para o FMI, de acordo com as ambições geopolíticas do presidente. Claro, não podemos deixar de lado as esmolas estatais cada vez maiores, nas vésperas de ano eleitoral. Isso sem falar da crescente montanha de dinheiro gasta para sustentar uma quantidade enorme de parasitas em Brasília. Temos também a expansão acelerada de crédito estatal ajudando os “amigos do rei” e o setor imobiliário. E por aí vai.

Em suma, a classe média fica cada vez mais espremida, enquanto o governo agrada seus grupos de interesse em busca de privilégios. Os “contribuintes” são “convidados” uma vez mais a bancar a festa dos outros. E a aprovação do governo, segundo pesquisas, continua alta. Explica essa, Einstein!



terça-feira, 6 de outubro de 2009

A CRISE HONDURENHA DESENHADA EM 16 FATOS. NÃO SE DEIXE ENROLAR!


Às vezes, é preciso desenhar. Então vamos desenhar. Comecemos com uma questão bastante geral, que vale para Honduras, para o Brasil e para qualquer país: pode-se não gostar da Constituição que existe, mas sempre existirá uma. A questão é saber se ela foi votada num regime autoritário ou democrático; se a legitimidade está de braços com a legalidade. No caso hondurenho, ainda que se possa fazer pouco do texto constitucional e lhe atribuir exotismos - a brasileira está cheia de esquisitices -, foi escrita num regime de liberdades plenas e vinha garantindo a estabilidade do país, com sucessões democráticas, desde 1982. Se tinha tal e qual objetivo, se buscava amarrar o país a esta ou àquela configuração de poder, pouco importa. Também sobre o Texto brasileiro ou americano se podem fazer as mais variadas especulações. O PT se negou a participar do ato puramente formal de homologação da Carta porque considerou que ela buscava alijar os trabalhadores do poder ou qualquer bobagem do gênero. Assim, consolida-se o…
…FATO NÚMERO UM - a Constituição de Honduras foi democraticamente instituída. E, neste meu desenho em palavras, isso nos remete imediatamente ao…
…FATO NÚMERO DOIS - a Constituição de Honduras tem um artigo, o 239, cuja redação muita gente considera curiosa, um tanto amalucada e, querem alguns, contrária a alguns bons princípios do direito. Pode ser. A Constituição brasileira tabelava os juros, por exemplo. Na reforma constitucional, o artigo caiu em razão de uma emenda supressiva proposta pelo então senador José Serra. Voltemos à Constituição hondurenha. Estabelece o artigo 239:
“O cidadão que tenha desempenhado a titularidade do Poder Executivo não poderá ser presidente ou indicado. Quem transgredir essa disposição ou propuser a sua reforma, assim como aqueles que o apoiarem direta ou indiretamente, perderão imediatamente seus respectivos cargos e ficarão inabilitados por dez anos para o exercício de qualquer função pública”.
No original, está escrito “cesarán de inmediato en el desempeño de sus respectivos cargos”. Também em espanhol, “de imediato” quer dizer “de imediato”.
A tal consulta que Manuel Zelaya queria fazer violava abertamente este artigo. E isso nos remete ao…
…FATO NÚMERO TRÊS - é falso, e o arquivo da imprensa hondurenha está disponível na Internet, que Zelaya mal teve a idéia, e já lhe foram lá tomar o cargo. Eu diria até que o processo político foi mais compreensivo com ele do que o artigo 239. O que fizeram os que se opunham a ele, incluindo membros de seu próprio partido? Recorreram à Justiça, acusando a sua consulta de violar justamente o dito artigo 239. E isso nos remete ao…
…FATO NÚMERO QUATRO - este é freqüentemente omitido na argumentação. Cabe aqui lembrar o que diz o Artigo 184:
Las Leyes podrán ser declaradas inconstitucionales por razón de forma o de contenido. A la Corte Suprema de Justicia le compete el conocimiento y la resolución originaria y exclusiva en la materia y deberá pronunciarse con los requisitos de las sentencias definitivas.
Então vamos chegar ao…
…FATO NÚMERO CINCO - a Corte Suprema de Justiça considerou a consulta INCONSTITUCIONAL. E todos aqueles, pois, que se envolvessem com a sua realização estariam incorrendo numa ilegalidade. Assim, chegamos ao…
…FATO NÚMERO SEIS - é o mais importantes da história toda. Manuel Zelaya desconsiderou a decisão da Justiça e deu ordens ao Exército para que seguisse adiante com o plebiscito, já que a Força era a responsável pela realização da consulta. Notem bem: se o Exército tivesse sido obediente às ordens de Zelaya, o chefe do Executivo estaria tomando decisões contrárias à vontade do Congresso e à decisão da Justiça. ERA O GOLPE, O VERDADEIRO GOLPE. Assim, estamos diante do…
…FATO NÚMERO SETE - Zelaya organizou seus bate-paus do sindicalismo para surrupiar as urnas que estavam nos quartéis (conforme o plano original) e realizar a tal consulta ao arrepio do Congresso, da Justiça e das Forças Armadas. Mas o que têm as Forças Armadas com isso? Exercem em Honduras o mesmo papel Constitucional que exercem no Brasil. E isso nos remete ao…
…FATO NÚMERO OITO - as Forças Armadas de Honduras, como no Brasil, são garantidoras da ordem constitucional caso ela seja ameaçada, conforme reza o artigo 272, a saber:
Las Fuerzas Armadas de Honduras, son una Institución Nacional de carácter permanente, esencialmente profesional, apolítica, obediente y no deliberante. Se constituyen para defender la integridad territorial y la soberanía de la República, mantener la paz, el orden público y el imperio de la Constitución, los principios de libre sufragio y la alternabilidad en el ejercicio de la Presidencia de la República.
Chegamos, então, ao…
…FATO NÚMERO NOVE - a Corte Suprema entendeu - e lhe cabe interpretar a Constituição, se esta já não fosse bastante explícita - que a deposição de Zelaya foi automática. O artigo 272 confere às Forças Armadas, na prática, o papel de executoras da medida. Seguindo ainda outros dispositivos constitucionais, Roberto Micheletti assumiu, legal e legitimamente, a Presidência da República, com o apoio da Justiça e do Congresso. E vamos ao…
…FATO NÚMERO DEZ - Quando Zelaya deixou o país - forçado, como ele diz; ou numa negociação, como muitos asseveram -, já não era mais o presidente. E não é uma questão de gosto ou ponto de vista afirmar se era ou não. O texto constitucional que regula a vida hondurenha - assim como o do Brasil regula a nosso, com ou sem despautérios - deixa claro que não era. Não era mais porque o Artigo 239 fala da deposição “de imediato”. Não era mais porque a Corte Suprema, interpretando a Constituição, formalizou a sua destituição. Note-se que esse processo levou tempo. Zelaya sabia que caminhava para um confronto com o Congresso e com Justiça. Bom bolivariano aprendiz, tentou dividir as Forças Armadas. E chegamos, então, ao…
…FATO NÚMERO ONZE - O que aconteceu em Honduras foi, óbvia e claramente, um contragolpe. Se o Exército tivesse obedecido às ordens de Zelaya ou se a consulta tivesse se realizado contra a decisão da Corte Suprema e sob o olhar cúmplice das Forças Armadas, o golpe teria sido dado por ele. E POUCO IMPORTA SE ELE TERIA OU NÃO CONDIÇÕES OU TEMPO DE SE REELEGER. ISSO É ABSOLUTAMENTE IRRELEVANTE. Caminhemos para o…
…FATO NÚMERO DOZE - Zelaya “foi retirado do país de pijama, e isso é inaceitável”. Pode ser, mas, por si, não caracteriza golpe. Zelaya, àquela altura, era um ex-presidente que havia atentado contra a lei máxima do Estado hondurenho pelo menos três vezes:
- quando quis fazer a consulta:
- quando deu uma ordem ilegal ao Exército;
- quando decidiu fazer a sua consulta na marra.
Jamais deveria ter sido tirado do país, à força ou não. Deveria ter ficado para responder por seus crimes, mas não mais como presidente da República, que esta condição ele já tinha perdido quando:
a - propôs a consulta contra o artigo 239 - mas foi tolerado;
b - quando deu reiteradas ordens contra a decisão da Justiça.
Ter sido eventualmente vítima de uma decisão arbitrária (tenho fontes muito boas que me asseguram que ele pediu para sair, mas isso é irrelevante) pede, pois, a punição daqueles que cometeram a arbitrariedade. Mas isso não significa recondução ao poder de um presidente que, não bastasse a autodestituição, foi cassado pela Corte Suprema de um país, reitero, DEMOCRÁTICO. Estamos às portas do…
…FATO NÚMERO TREZE - Não existe processo de impeachment na Constituição de Honduras. Por mais que muitos estranhem em tempos ditos globalizados, países têm as suas próprias leis. Pode-se achar que o Artigo 239 é um atentado a este ou àquele princípio, mas Constituições não são universais. De toda sorte, grife-se, houve, sim, o devido processo legal que resultou na deposição - não na saída do país - de Manuel Zelaya. Ele não deixou para trás o cargo de presidente quando foi tirado de Honduras. Foi tirado do país quando já não tinha mais o cargo de presidente. A ilegalidade (se foi contra a vontade) desse ato não tem o condão de fazer duas coisas:
a - retroagir no tempo, anulando a sua cassação, que já tinha sido decidida pela Corte de Justiça;
b - tornar o golpista vítima do golpe. Ou não era um golpe a tentativa de jogar o Exército contra a Justiça e o Congresso? Assim, vou para o…
…FATO NÚMERO CATORZE - Se ele tentou dar um golpe (duas vezes) e foi impedido pela Justiça e pelas Forças Armadas - com a anuência do Congresso -, os que o contiveram, mantendo a integridade da Constituição, deram foi um contragolpe. Destaco agora o…
…FATO NÚMERO QUINZE - Não me peçam para anuir que, vá lá, golpe foi, ainda que diferente, ainda que necessário, sem que isso torne Zelaya um cara bacana… De jeito nenhum! Achasse eu ter-se tratado de um golpe, estaria defendendo a sua reinstação no poder. Concluo, pois, no…
…FATO NÚMERO DEZESSEIS - Este já tem a ver com a tese esposada por este blog desde o primeiro dia. As democracias da América Latina - e suas instituições - têm de ficar atentas para o golpe das urnas - ou “absolutismo das urnas”, como chamo. Também entre nós há correntes de “juristas” (com carteirinha do PT, evidentemente) que pretendem instituir a democracia plebiscitária. Temos de contê-los. Honduras foi o primeiro país da América Latina a coibir, com um contragolpe, o golpe bolivariano.
Se a tramóia chavista malograr no país, o chavismo começa a morrer. Se triunfar - e direi em outro post o que chamo “triunfo” -, todos nós estaremos um pouco mais ameaçados do que antes. Os que, com mais ou com menos ênfase, chamam “golpe” o que aconteceu em Honduras estão, por enquanto simbolicamente, pondo em risco a própria liberdade.
Honduras é um país pequenino e pobre. Mas decidiu que pretende equacionar seus problemas com democracia. Tomara que consiga. E minha admiração por aqueles que resistem ao cerco bolivariano e dos liberais do miolo mole é imensa.


quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Um Blog por uma nova visão de mundo

Sem a pretensão de escrever textos geniais, de sequer conseguir passar minhas idéias perfeitamente, mas pelo menos quero chegar com informações importantes que nem sempre são óbvias para todos, mas que são fundamentais para sermos indivíduos livres do populismo absolutista que se expande no mundo e na América latina principalmente! Todo homem deveria ler e indicar e quando puder também escrever um blog!



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Quem é o verdadeiro golpista em Honduras?

Quem é o verdadeiro golpista em Honduras?





Por ventura seria Manuel Zelaya tendo sido eleito em processo “democrático” agindo contra a constituição daquele país tentou implantar a reeleição e assim dar continuidade em seu governo anti-democrático?




Ou seriam os defensores daquela constituição que depuseram seu governo nitidamente totalitarista em defesa da liberdade individual e democracia?
E qual seria a intenção dos socialistas deste subdesenvolvido continente sul-americano em tomar parte deste problema político hondurenho em defesa do tirano deposto?
Seria por acaso a simpatia dos mesmos em governar de forma semelhante?
Seria uma demente obediência a diretrizes esquerdistas latino-americanas? Diretrizes implantadas a muito tempo por agentes marxistas financiados pela falida União Soviética.
O que me parece ser uma tentativa xiita de impor a prática totalitarista do socialismo, onde o presidente eleito nas urnas está inteiramente acima das iniciativas do Legislativo ou Judiciário, como se o fato do mesmo ter sido empossado por decisão do “esclarecido” e não manipulado povo, teria uma procuração onde seus poderes são inquestionáveis, inclusive diante da própria constituição, podendo, portanto manipular, modificar e direcionar a legislação por terem a convicção que este pequeno grupo saberia o que é o melhor para todos os demais indivíduos daquela nação.
Não podemos esquecer que o mesmo já foi feito no Brasil por Fernando Henrique Cardoso que conseguiu implantar aqui a reeleição e por muito pouco, talvez por uma ação coesa do nosso surpreendente senado (apesar deste ser tão imundo quanto qualquer outro setor do estado Brasileiro) Lula não conseguiu perdurar por uma eternidade o seu mandato, como todos os crápulas socialistas tentaram no mundo.
Devemos observar também o caso da Venezuela que já vive uma ditadura esquerdista e vários outros países sul-americanos que se dirigem para regimes cada vez mais totalitaristas, tiranos e socialistas, entre eles o Brasil...
Mas o que fortalece essa expansão socialista neste continente? Podemos apontar vários fatores para isso, mas sem sombra de dúvidas, a ignorância dessas populações é o maior aliado da esquerda totalitarista e tirana... Portanto não seja você um idiota desinformado comunista, de uma vez por todas, procure continuar sua busca pela lucidez, adquira cada vez mais conhecimento e passe a enxergar que a liberdade individual é a única forma de garantir o desenvolvimento e, portanto o bem estar de cada homem. Seja você também um capitalista, liberal, lúcido e bem informado.


Texto de minha autoria.



segunda-feira, 21 de setembro de 2009

O Estado Anti-Social

“Devemos nossa liberdade não à vontade do estado de permitir que as pessoas e instituições sejam livres, mas à vontade das pessoas e das instituições de resistir.” (Lew Rockwell)

Muitas pessoas confundem a realidade dos sistemas políticos com suas expectativas sobre como tais sistemas deveriam funcionar. Elas idealizam um ente abstrato – o estado – e passam a imaginar que esse instrumento será capaz de transformar em realidade todas as suas aspirações, num passe de mágica. Essas mesmas pessoas costumam chamar os críticos do estado de “utópicos”, ignorando que a grande utopia está na fé de que o poder estatal poderá ser restringido de forma satisfatória, preservando as liberdades básicas. Em 1935, no auge do avanço estatal sobre as liberdades individuais no mundo todo, Albert Jay Nock defendeu esta tese em Our Enemy, The State, livro que culpa a própria existência do estado pelos maiores males da humanidade.

Entre as principais influências sobre Nock estão nomes como Herbert Spencer, Ortega y Gasset, H. L. Mencken e Franz Oppenheimer. Deste último, Nock aproveitou a tese sobre a origem do estado, que sempre se deu na base da conquista, e não através de um “contrato social”. Para Oppenheimer, existem somente duas formas de se obter os bens e serviços demandados: a via política e a via econômica. A primeira representa o uso da força, da coerção, da conquista, enquanto a segunda representa o método das trocas voluntárias, do consentimento. No meu artigo A Origem do Estado, faço um resumo mais detalhado do pensamento do sociólogo alemão. Aqui, basta lembrar o que Nietzsche já havia sintetizado de forma brilhante: tudo que o estado tem, ele roubou!

Nock faz uma distinção importante entre o poder estatal e o poder social, afirmando que sempre o aumento de um se dá à custa do outro. Como exemplo básico, ele cita a própria solidariedade. Uma sociedade de indivíduos livres teria inúmeros atos de caridade praticados voluntariamente pelos cidadãos. Mas sob o poder crescente do estado, o instinto de muitos é negar ajuda aos mais pobres, pois eles assumem que o estado já confiscou sua parcela da renda para tal benefício. Em outras palavras, há uma transferência de responsabilidade, pois o mendigo deve buscar ajuda no estado, que já tributa os trabalhadores com tal objetivo. Creio que o mais triste caso para ilustrar isso seja o conhecido exemplo de chineses que ignoram até mesmo crianças jogadas nas calçadas, perto da morte. A concentração absurda de poder no estado foi o grande responsável por esta barbaridade.

Apesar da conquista estar na origem dos estados, Nock argumenta, seguindo a linha de David Hume, que as pessoas vão cada vez ficando mais condicionadas ao aumento do poder estatal, assim como à sua legitimidade. As primeiras gerações de dominados se rebelam, mas com o tempo as novas gerações vão assumindo como natural esta ordem, e enxergam no estado um poder indispensável para preservar a ordem. A analogia usada por Nock é com a igreja medieval, cujo poder era tido como totalmente natural pela maioria. Raros são os casos de indivíduos mais céticos que resolvem questionar a origem desse poder, assim como sua legitimidade e necessidade. Quando isso acontece, a conclusão é quase inequívoca: o estado nasce da força, vive da escravidão e é bastante prejudicial à própria liberdade. Em suma, em vez de o estado ser o agente social que muitos imaginam, ele é, na verdade, o oposto disso.

Até mesmo os defensores de um estado mínimo, limitado por uma constituição, eram vistos como ingênuos por Nock. Para ele, a tendência natural e inexorável sempre seria do crescimento do estado, e a crença de que palavras escritas, interpretadas por agentes do próprio estado, poderiam restringir seu crescimento, não passava de uma ilusão. Ele ia além: o normal seria a concentração de poder no Executivo. Quando observamos as democracias modernas, incluindo os próprios Estados Unidos, não podemos deixar de dar razão a Nock: o poder estatal avançou de uma forma que seria impensável um século atrás, com a presidência respondendo por boa parte deste avanço. Nós vivemos uma era de culto ao presidente.

As reformas e disputas políticas, para Nock, não passam de uma luta para ver qual grupo terá acesso ao poder estatal. Cada partido apresenta novas promessas, sempre tendendo ao aumento do poder estatal. A existência da democracia, do “governo do povo”, permite que o indivíduo seja persuadido de que a ação estatal é uma criação sua, que o estado o representa de fato, e que a glorificação do estado é sua própria glorificação. A mentalidade coletivista, em suas diferentes formas – principalmente o nacionalismo, é um resultado disso. Se o estado de um país é criticado, então o próprio povo se sente atacado. Algo como o monarca no passado, idolatrado pelos plebeus – que eram distraídos com o “pão e circo”, e confundido com o próprio povo em si. O melhor exemplo está em Luiz XIV, que teria dito “O Estado sou Eu”. O povo, imerso na ignorância, acaba endeusando seu próprio algoz.

O fato de Nock condenar veementemente a existência do estado não é sinônimo de abominar qualquer governo. Nock deixa clara a distinção entre ambos. Ele defende os direitos naturais dos indivíduos, e acredita que alguma forma de governo pode existir para administrar tais direitos de forma negativa, ou seja, impedindo a invasão das liberdades individuais. No entanto, ele não vê necessidade alguma desse governo ser um estado com o monopólio da força. Ao contrário, o próprio poder social pode se encarregar disso, através de uma “ordem natural”. O poder estatal tem um histórico incrível de ineficiência e desonestidade em todas as áreas que atua. Nock, repetindo Spencer, considera um paradoxo a insistência da fé no poder estatal, após tantas demonstrações de fracasso. O estado passou a representar um deus moderno mesmo, sem o qual as pessoas não conseguem mais imaginar a vida.

Diante dessa constatação, Nock chega ao pessimismo de achar que nada pode ser feito para evitar o destino do crescimento estatal até uma desgraça maior. Como os impérios antigos que ruíram, Nock acredita que no futuro a civilização atual irá pagar um elevado preço por suas escolhas coletivistas. Ele enxergava uma seqüência de passos rumo ao despotismo, como uma maior centralização do poder estatal, uma burocracia crescente, a fé no poder estatal crescendo, a fé no poder social diminuindo, o estado absorvendo uma proporção cada vez maior da riqueza produzida, o estado dominando indústria atrás de indústria, administrando tudo com crescente corrupção e ineficiência, e finalmente chegando a um sistema de trabalho forçado. Dessa lista, apenas o último item não virou realidade total ainda, mesmo nos Estados Unidos. O restante não apenas aconteceu, mas é visto como algo totalmente natural.

Se Nock nutria uma visão tão negra em relação aos rumos da civilização, por que escreveu o livro então? Em primeiro lugar, ele não esperava que seu livro pudesse alterar as opiniões políticas das pessoas, pois ele reconhecia que a fé no poder estatal estava enraizada demais. Mesmo assim, ele sentia que era uma espécie de dever moral o simples fato de registrar o que estava vendo, sem a pretensão de algum fim prático ou imediato. Por fim, ele achava que os poucos espíritos independentes, aqueles com a curiosidade intelectual sobre as coisas da natureza, mereciam seu esforço. Seriam para esses que o livro foi escrito, com o intuito de manter acesa a chama da liberdade. E Nock sabia também que não adiantava procurar esses indivíduos diferenciados; eles é que chegariam até seu livro, através de seu espírito inquisitivo. Espero que muitos leitores possam chegar até Nock, através das perguntas certas, e com o verdadeiro objetivo de conhecer as respostas. Eu recomendo, para começar, as seguintes perguntas: como o estado surgiu, e por quê?



quarta-feira, 9 de setembro de 2009

A juventude deve se informar...

...Há sempre uma esperança de que se possa sair dessa situação em que nos metemos. E claramente devo dizer para essa juventude desinformada de hoje, que, ao invés de ficarem somente com as palavras de ordem ou com os textos ideológicos que são lhe postos nas mãos, ou com essa pobreza de saber... Busque saber variado, e outras fontes de informação.
E assim pode ser que no futuro nós tenhamos um Brasil que venha a ser uma pátria de brasileiros, porque até o momento, quando se diz: “Brasil um país de todos”... (nessa propagandazinha aí) de todos quem? Todos os banqueiros internacionais? (...) “Brasil um país de todos, quem? Por quê? De todos aqueles que trabalham? Do povo? Da “arraia miúda”? hãm, hãm! Não é não!
Então pra recuperar esse país nós contamos, inclusive, com personalidades como vocês! Com emissoras como essa, que abre o espaço para que a gente diga coisas que talvez sejam até polêmicas e que os outros não tenham tido a oportunidade de dizer (percebe-se um grande eufenismo aqui)...
...Eu fui um otário, fui utilizado durante muito tempo como um otário, e só me saí dessa situação na medida em que fui adquirindo consciência... Que vem crescendo até hoje... É o que eu venho perseguindo! Saber mais e compreender o mundo... Eu não quero revolucionar o mundo... Eu não quero modificar o mundo... O mundo é como é! Eu quero compreender o mundo! E até agora com todas as licitudes... É um lugar bom de viver... E a vida é alguma coisa boa pra se preservar.



Palavras retiradas da entrevista de José Anselmo dos Santos “Cabo Anselmo”.
Veja a entrevista na íntegra nos links abaixo:

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Baixe os vídeos

com o Real Player instalado no seu computador você pode baixar os vídeos e salvar em seu comp...

Demônios socialistas e suas atrocidades...

A História Soviética, um documentário que mostra a brutalidade do regime totalitarista soviético e sua colaboração e semelhança com o nazismo alemão... Não da pra entender porque de um humano acredita nos ideais comunistas ainda hoje... Todo comunista deveria passar por isso!

Eu gostaria de postar aqui um texto sobre os perigos do totalitarismo, do comunismo, da crise geopolítica mundial... Mas por enquanto é preferível que todos assistam a esse documentário. A verdade mostrada de uma forma bastante objetiva, para que cada indivíduo assista e perceba a imbecilidade de quem apóia os regimes de esquerda. Se esse filme fosse exibido uma única vez em horário nobre, nunca mais professor de história algum teria coragem de repetir bobagens marxistas em sala de aula.

Entre os entrevistados no filme estão historiadores ocidentais e russos como Norman Davies e Boris Sokolov, o escritor russo Viktor Suvorov, o dissidente soviético Vladimir Bukovsky, membros do Parlamento Europeu e também as vítimas de terror soviético.

Duração de 1h e 24min, Legendado, dirigido por Edvins Snore.

Assista aqui o vídeos ou baixe via torrent clicando aqui para baixar o vídeo e aqui para a legenda em portugues.

















terça-feira, 18 de agosto de 2009

Soberania x Ianomâmis (ONGs)

Como se não bastassem todas as mazelas desse país, um mal que passa despercebido para a maioria da população brasileira (por ser totalmente alienada) são as ameaças externas e internas à soberania nacional em seu próprio território. Atos algumas vezes pouco divulgados pela imprensa, mas que são de fato violentas ações contra nossa soberania, estão se tornando cada vez mais comuns e a população brasileira sequer percebe tais manobras nocivas ao nosso futuro como nação soberana.

Exemplo desses acontecimentos foi a decisão do Supremo Tribunal Federal em março deste ano que manteve a demarcação em faixa contínua da Terra Indígena Raposa Serra do Sol. Por mais que pareça uma decisão humanitária para preservar as populações indígenas, essa decisão mais parece uma manobra das potências imperialistas que se utilizam de falsas ONGs para futuramente efetivar um desejo coletivo desses países de desvincular as riquezas da Amazônia dos países cujas fronteiras determinam sua posse, entre eles o Brasil.

A Terra Indígena Raposa Serra do Sol foi homologada em abril de 2005 pelo governo federal. Na área de 1,7 milhões de hectares, vivem aproximadamente 18 mil índios das etnias Macuxi, Wapichana, Patamona, Ingaricó e Taurepang.

A questão ianomâmi tem suas origens na década de 60, como foi relatado pelo coronel Carlos Alberto de Lima Menna Barreto no livro de sua autoria “A farsa Ianomâmi”, onde conta a verdade sobre uma tribo que de fato não existe e foi uma nação inventada para manipular a opinião pública garantindo às ONGs internacionais autonomia sobre a região e futuramente a segregação daquele povo e daquela área do Brasil. A palavra Ianomâmi foi usada pela primeira vez em 1973, pela fotógrafa Romena Claudia Andujar que se dizia antropóloga e trabalhava apoiada pela ONG Christian Church World Concil (Suíça), a população que ela declarou ser uma única tribo indígena não existe e é composta por várias etnias diferentes, na maioria das vezes hostis entre si e alienígenas àquela região, na verdade são povos de origem nômade e que não ocupam tais áreas há tanto tempo como declaram, são tribos oriundas de várias regiões diferentes, América central, nordeste do Brasil, norte das guianas e caribe, e que se instalaram nessa região pelos mais variados motivos (conflito entre tribos, secas, enchentes, colonização espanhola e etc.).

Motivado por interesses internacionais essas informações foram manipuladas, criando-se falsas lendas como o massacre indígena pelos garimpeiros e fazendeiros da região norte de Roraima, reforçando a idéia para a comunidade internacional que o governo brasileiro não tem competência nem interesse em preservar sua parte territorial amazônica.

Um dado significativo para se perceber a importância dessas áreas é entre outras coisas o fato de que no extremo norte de Roraima existem inúmeras jazidas de ouro, diamante e Nióbio. Este terceiro mineral em especial, é um metal importantíssimo para a indústria bélica, quantidades apreciáveis de nióbio são utilizadas em superligas para fabricação de componentes de motores de jatos, subconjuntos de foguetes, ou seja, equipamentos que necessitem altas resistências a combustão. Na confecção de satélites e componentes eletrônicos. Usado em indústrias nucleares devido a sua baixa captura de nêutrons termais e também é usado para a fabricação de tubos transportadores de água e petróleo a longas distâncias. Resumindo, sem nióbio não se tem armas potentes. Agora que sabemos o que é e para que serve o Nióbio, saibamos também que no extremo norte de Roraima existe simplesmente 98% de todo o nióbio do mundo, é isso mesmo, 98% de todo o nióbio do mundo esta nas terras do norte de Roraima, justamente onde estão os ditos ianomâmis. Talvez esse seja o verdadeiro motivo pelo qual essas ONGs há décadas se dedicam a ocupar e segregar essa área do território brasileiro.

Tidas como organizações humanitárias que trabalham em prol das minorias indígenas habitantes das áreas onde a ajuda estatal não chega. As ONGs na verdade desenvolvem pesquisas científicas e aparentemente preparam a população local para um futuro movimento separatista, uma vez que foi evidenciado que na região as ONGs ensinam aos indígenas que eles não são brasileiros, são uma nação dominada e explorada, que eles não recebem qualquer apoio dos brasileiros e sim dos países que sustentam essas ONGs, os idiomas ensinados aos aborígenes não é o português, mas os idiomas daqueles países, a bandeira hasteada nos pavilhões não é aquele pendão verde, amarelo, azul e branco, mas sim bandeiras suíças, norte-americanas, britânicas e etc. E sabe aquela história de que a Amazônia não faz parte do Brasil e é um território internacional? Pois é, isso também é ensinado aos índios em pleno território brasileiro.

Bom, acho que esse texto já esta grande demais para meu pretensioso blog. O alerta foi dado e quem quiser saber mais sobre o assunto, o livro “A farsa ianomâmi” supracitado é um bom começo.

Texto de minha autoria.


Alguns vídeos sobre o tema...


Profecia do sertanista Orlando Villas Boas.

Americanos comprando a amazônia.

General Augusto Heleno - Parte1

General Augusto Heleno - Parte 2

Série do Jornal da Noite - Parte1

Série do Jornal da Noite - Parte2

Série do Jornal da Noite - Parte3

Série do Jornal da Noite - Parte4



Diretrizes Brasil - Um atentado à soberania...









Transcrição de tradução de Documento expedido em julho de 1981, na cidade de Genebra / Suíça, pelos signatários e Líderes do Movimento abaixo citados.

DIRETRIZES BRASIL.
Diretrizes do Conselho Mundial de Igrejas Cristãs para a Amazônia Brasileira

DIRETRIZES BRASIL Nº 4 - ANO "0"

PARA: ORGANIZAÇÕES SOCIAIS MISSIONÁRIAS NO BRASIL

1 - Como resultado dos congressos realizados neste e no ano passado, englobando 12 organismos científicos dedicados aos estudos das populações minoritárias do mundo, emitimos estas diretrizes, por delegação de poderes, com total unanimidade de votos menos um dos presentes ao "I Simpósio Mundial sobre Divergências Interétnicas na América do Sul".

2 - São líderes deste movimento:
a) Le Comité International de la Defense de l'Amazonie;
b) Inter-American Indian Institute;
c) The International Ethnical Survival;
d) The International Cultural Survival;
e) The Workgroup for Indigenous Affairs;
f) The Berna-Geneve Ethnical Institute e este Conselho Coordenador.

3 - Foram contemplados com diretrizes especificas os seguintes países: Venezuela No 1; Colômbia No 2; Peru No 3; Brasil No 4, cabendo a Diretriz No 5 aos demais países da América do Sul.

A AMAZÔNIA É PATRIMÔNIO DA HUMANIDADE E NÃO DOS PAÍSES QUE A OCUPAM

DIRETRIZES:

A - A Amazônia Total, cuja maior área fica no Brasil, mas compreendendo também parte dos territórios venezuelano, colombiano e peruano, é considerada por nós como um patrimônio da Humanidade. A posse dessa imensa área pelos países mencionados é meramente circunstancial, não só por decisão de todos os organismos presentes ao Simpósio como também por decisão filosófica dos mais de mil membros que compõem os diversos Conselhos de Defesa dos Índios e do Meio Ambiente.

B - É nosso dever: defender, prevenir, impedir, lutar, insistir, convencer, enfim esgotar todos os recursos que, devida ou indevidamente, possam redundar na defesa, na segurança, na preservação desse imenso território e dos seres humanos que o habitam e que são patrimônio da humanidade e não patrimônio dos países cujos territórios, pretensamente, dizem lhes pertencer.

É NOSSO DEVER INDEPENDER, POR RESTRIÇÃO DE SOBERANIA, AS ÁREAS OCUPADAS PELOS INDÍGENAS. É NOSSO DEVER PROMOVER A REUNIÃO DAS NAÇÕES INDÍGENAS
EM REUNIÕES DE NAÇOES.

C - É nosso dever: impedir em qualquer caso de agressão contra toda a área amazônica, quando essa se caracterizar pela construção de estradas, campos de pouso, principalmente quando destinados a atividades de garimpo, barragens de qualquer tipo ou tamanho, obras de fronteira, civis e militares, tais como quartéis, estradas, limpeza de faixas, campos de pouso militares e outros que signifiquem a tentativa de modificações ou do que a civilização chama de progresso.

D - É nosso dever: manter a floresta amazônica e os seres que nela vivem, como os índios, os animais silvestres e os elementos ecológicos, no estado em que a natureza os deixou antes da chegada dos europeus. Para tanto, é nosso dever evitar a formação de pastagens, fazendas, plantações e culturas de qualquer tipo que possam ser consideradas como agressão ao meio.

E - É nosso principal dever: preservar a unidade das várias nações indígenas que vivem no território amazônico, provavelmente há milênios. É nosso dever: evitar o fracionamento do território dessas nações, principalmente por meio de obras de qualquer natureza, tais como estradas públicas ou privadas, ou ainda alargamento, por limpeza ou desmatamento, de faixas de fronteira, construção de campos de pouso em seus territórios. É nosso dever considerar como meio natural de locomoção em tais áreas apenas os cursos d'água em geral, desde que navegáveis. É nosso dever permitir apenas o tráfego com animais de carga, por trilhas na floresta, de preferência as formadas pelos silvícolas.

F - É nosso dever definir, marcar, medir, unir, expandir, consolidar, independer por restrição de soberania, as áreas ocupadas pelos indígenas, considerando-as suas nações. É nosso dever promover a reunião das nações indígenas em uniões de nações, dando-lhes forma jurídica definida. A forma jurídica a ser dada a tais nações incluirá a propriedade da terra, que deverá compreender o solo, o subsolo e tudo que neles existir, tanto em forma de recursos naturais renováveis como não renováveis. É nosso dever preservar e evitar, em caráter de urgência até que as novas nações estejam estruturadas, qualquer ação de mineração, garimpagem, construção de estradas, formação de vilas, fazendas, plantações de qualquer natureza, enfim, qualquer ação dos governos das nações compreendidas no item 3 destas diretrizes.

G - É nosso dever: a pesquisa, a identificação e a formação de líderes que se unam à nossa causa, que é a sua causa. É nosso dever principal transformar tais líderes em líderes nacionais dessas nações. É nosso dever identificar personalidades poderosas, aptas a defender os seus direitos a qualquer preço e que possam ao mesmo tempo liderar os seus comandados sem restrições.

É NOSSO DEVER GARANTIR A PRESERVAÇÃO DO TERRITÓRIO DA AMAZÔNIA PARA O SEU DESFRUTE PELAS GRANDES CIVILIZAÇÕES EUROPÉIAS.

H - É nosso dever: exercer forte pressão junto às autoridades locais desse país, para que não só respeite o nosso objetivo, mas o compreenda, apoiando-nos em todas as nossas diretrizes. É nosso dever conseguir, o mais rápido possível, emendas constitucionais no Brasil, Venezuela e Colômbia para que os objetivos destas diretrizes sejam garantidos por preceitos constitucionais.

I - É nosso dever: garantir a preservação do território da Amazônia e de seus habitantes aborígenes, para o seu desfrute pelas grandes civilizações européias, cujas áreas naturais estejam reduzidas a um limite crítico.

Para que estas diretrizes sejam concretizadas e cumpridas, com base no acordo geral de julho passado, é preciso ter sempre em mente o seguinte:

a. Angariar o maior número possível de simpatizantes entre pessoas poderosas, políticos, sociólogos, antropólogos, jornalistas e seus veículos de imprensa. Cada simpatizante deve ser instruído para que consiga mais dez colaboradores, e estes, por sua vez, aliciem mais dez e assim sucessivamente, até formarmos um verdadeiro exército de simpatizantes.

b. Enfatizar o lado sensível das comunicações, permitindo que o lado básico permaneça embutido no bojo do objetivo, evitando discussões em torno do tema. No caso dos países abrangidos por esta ação, é preciso levar em consideração a pouca cultura de seus povos, a pouca perspicácia de seus políticos, ávidos por votos que a Igreja prometerá em abundância.

c. É preciso infiltrar missionários e contratados, inclusive não religiosos, em todas as nações indígenas, para aplicar o Plano Base destas Diretrizes, infiltrando-os também em todos os setores da atividade pública, a fim de viabilizarem a boa execução desse plano."

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Sem terra e sem moral

Muitas vezes, vejo vários debates sobre reforma agrária e movimento dos sem-terra, sem-teto, e outras organizações que existem em prol de causas semelhantes em que as pessoas dão suas opiniões: com algumas eu concordo e com outras eu me revolto, principalmente ao saber que existem seres humanos de relativo nível cultural com idéias tão absurdas.

Mas não vim aqui simplesmente expor minha opinião, e sim falar de uma experiência que tive em 2005, quando o exército me mandou para uma missão numa zona rural na divisa dos municípios de Floresta – PE e Petrolândia – PE. Como sou sargento do exército especializado em topografia, fiquei incumbido de abrir as picadas e fazer o levantamento plani-altimétrico e estaqueamento dos eixos e faixas de domínio do canal de aproximação, além da Barragem de Areias, e também da área de inundação de seu reservatório, ambas as obras pertencentes ao Eixo Leste do Projeto de Integração do Rio São Francisco com as Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional.

De início, fomos orientados a nos alojar numa agrovila do Perímetro Irrigado Icó-Mandantes (8.805199°S 38.365728°W – Veja no Google maps ou earth) devido a sua proximidade com o local onde deveríamos fazer nossas medições. Isso foi muito interessante para mim por que pude me aproximar da população local, conhecer sua história como também a história das vilas daquele projeto.

A história das Agrovilas do Perímetro Irrigado Icó-Mandantes e outros projetos de Irrigação estão diretamente ligados à história da construção da Barragem Luiz Gonzaga, conhecida como Itaparica (9.143889°S 38.312741°W – Veja no Google maps ou earth), que se localiza no município de mesmo nome e de onde seu lago artificial se estende por longas áreas de vários municípios do Semi-árido nordestino. Pois bem, quando da construção da mesma, obviamente existiam várias propriedades rurais nas áreas que seriam inundadas. Essas propriedades muito provavelmente eram pouco produtivas ou completamente ociosas como é comum nessa parte do Brasil, com algumas exceções, é claro. Mas ainda assim, a pouca produção dessas terras deveriam ser o sustento de algumas famílias que por lá viviam e trabalhavam. Obviamente que se a CHESF iria inundar essas áreas, iriam ser indenizados os seus proprietários. Trabalhadores, moradores e posseiros que delas tiravam seu sustento também receberam algum tipo de indenização para que pudessem continuar suas vidas com, no mínimo, a mesma dignidade que ali tinham. Na sua grande maioria, essa população foi reassentada em áreas rurais como as áreas das Agrovilas do Perímetro Irrigado Icó-Mandantes.

O Perímetro Irrigado Icó-Mandantes é uma das áreas onde a CHESF construiu núcleos habitacionais com ruas e estradas vicinais de acesso, rede elétrica, sistema de abastecimento de água potável e esgoto, casas de alvenaria, escolas, praças, postos de saúde, associação comunitária, igreja, e ainda anexo a esses núcleos, também foram implantadas áreas de produção agrícola com sistemas de irrigação. Tudo foi construído e gerenciado pela própria CHESF que ainda mantém no local, até hoje, centros de apoio tecnológico com vários profissionais da área de Agrimensura, Zootecnia, Agronomia... E ainda, durante vinte anos a mãe CHESF distribuía mensalmente, a cada família reassentada, um auxílio de custo de dois salários mínimos. Tudo isso para que a CHESF pudesse inundar as áreas que antes essas habitavam, e assim produzir energia elétrica que abastece grande parte do território brasileiro. O que até então, pra mim, era um ato de justiça para com esses humildes sertanejos que por ali habitavam a várias gerações.

Quando tomei conhecimento dessa realidade me enchi de orgulho e satisfação a ver que no Brasil existem instituições públicas que funcionam bem e ainda promovem desenvolvimento em locais que normalmente são esquecidos por todos.

Mas como minha missão levaria cerca de seis meses para ser concluída, o tempo e a convivência com essa população me mostraram uma coisa diferente das maravilhas que eu esperava acontecer. Normalmente, eu era surpreendido por pessoas me pedindo para arrumar-lhes trabalho, pois alegavam estar passando por necessidades em suas casas. E realmente havia pela região lares muito humildes, diferente do que eu esperava conhecer pois estava ciente dos benefícios que esse povo recebera em contrapartida por terem cedido suas áreas originais. Mas ainda assim, existiam nas mesmas vilas do mesmo projeto várias famílias prósperas com casas confortáveis, sem muito luxo, mas muito dignas.

Logo, eu percebera que o que havia ocorrido de fato durante os vinte anos que se passaram, desde a entrega das vilas aos seus atuais moradores até os dias atuais, foi que por mais que os benefícios recebidos fossem algo realmente vantajoso para eles, algumas famílias queriam mesmo era o dinheiro. Ora, trabalho em roça é pesado! É pra quem realmente quer trabalhar. E infelizmente, nem todos aqueles eram homens honestos e trabalhadores. E esses nada fizeram em suas propriedades durante os vinte anos que se passaram vivendo apenas dos dois salários que recebiam de auxílio de custo. Enquanto isso, outras famílias trabalharam em suas terras, produziram, e assim prosperaram, pois lá eu vi áreas muito produtivas, havia de tudo: manga, coco, melancia, mandioca, feijão, milho, abóbora, tomate, morango, uva, maracujá e etc. Conversando com alguns proprietários prósperos, impressionei-me em ver como era lucrativa a produção agrícola. Mas o tempo passou, o auxílio financeiro cessou e as famílias que nada produziram agora não têm nada, vestem camisas do movimento dos sem-terra e se juntam a outras pessoas para fazer protestos pela reforma agrária pelo Brasil afora.

Visto tudo isso, concluí que não adianta de nada dar dinheiro, terras e meios para gente que nada quer fazer. Percebi que as pessoas de lá que não prosperaram, nunca prosperarão em lugar nenhum, essas pessoas são a escória da população Brasileira. Por causa delas e de outras pessoas de mesmo nível de honestidade e decência, que ficam por aí fazendo greves, manifestações contra obras públicas que trarão benefícios para o povo brasileiro, na verdade são os culpados por nosso atraso tecnológico, político, econômico e tudo de errado que há nesse país. Abaixo ao MST e toda horda de arruaceiros e políticos que nunca fizeram e nunca farão nada em prol do progresso do Brasil.


Texto de minha autoria e revisado por Mary Angel Stone

Bang bang no senado

No dia 4 de dezembro de 1963 o senador Arnon de Mello (Pai do ex-presidente - Fernando Collor de Melo) sacou a arma em uma sessão do Senado Federal e mandou bala pra cima do senador Silvestre Péricles, seu inimigo político em Alagoas e a quem acusava de tramar seu assassinato.


Péricles, como um Garrincha das tribunas, driblou os tiros com impressionante habilidade e também sacou a arma - e o Senado viveu momentos de saloon do velho oeste.

Quem pagou o pato nesse bang bang parlamentar foi o suplente acreano José Kairala, que levara a mulher e as filhas ao parlamento para comemorar o último dia do seu mandato. Um dos tiros de Arnon acertou Kairala no peito, diante da família.

Há que se ressaltar que, mesmo no meio do pega pra capar, os parlamentares mantiveram a compostura, tratando-se, em pleno tiroteio, por Vossa Excelência, como pede o decoro da casa. Arnon de Mello, ao mandar bala pra cima de Péricles, gritava segundo testemunhas:

- Vossa Excelência vai morrer, filho da puta, safado. Me ameaçou!

Péricles, abaixado, respondia:

-Vossa Excelência é um crápula. Vossa Excelência é ladrão!

No final da zorra toda, com furo de bala até no teto do Senado, Arnon de Mello, o assassino de José Kairala, não sofreu qualquer tipo de punição pelo ato, protegido que estava pela imunidade parlamentar.

O grand finale do episódio aconteceu no dia seguinte. O jornal O Globo, de propriedade de Roberto Marinho - amigo e sócio de Arnon no jornal Gazeta de Alagoas - veio com um editorial em defesa do assassino, elogiando inclusive a cultura, a educação e a inteligência do bandoleiro alagoano. Um sujeito finíssimo, verdadeira flor de formosura, como a bala que matou Kairala na frente das filhas e da mulher. Dizia O Globo, nessa verdadeira pérola da imprensa canarinho:

"A democracia, apesar de ser o melhor dos regimes políticos, dá margem, quando o eleitorado se deixa enganar ou não é bastante esclarecido, a que o povo de um só estado - como é o caso - coloque na mesma casa legislativa um primário violento, como o Sr. Silvestre Péricles, e um intelectual, como o Sr. Arnon de Mello, reunindo-os no mesmo triste episódio, embora sejam eles tão diferentes pelo temperamento, pela cultura e pela educação".

Texto retirado de outro Blog...